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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Energia Hidroelétrica.(ENERGIAS DO FUTURO)

Eficiente,porém...devastadora.
De acordo com o Plano Nacional de Energia (PNE 2030), a energia elétrica de origem hidráulica no Brasil correspondia, em 2005, a 89,5% da oferta existente no país - fato que traduz a grande rede hidrográfica existente no país e a característica renovável da matriz energética brasileira. O planejamento atual indica a necessidade estratégica de diversificar essas fontes e aponta para um fato: grande parte desse potencial se encontra na região amazônica. Prevê-se que, em 2030, essa participação caia para 77,4%.
Além da distância dos potenciais empreendimentos em relação aos centros de consumo de energia, novas hidrelétricas na Amazônia devem equacionar questões ambientais e conflitos com comunidades tradicionais.
Entre as questões ambientais estão os impactos sobre a fauna, em especial a aquática: barramentos são obstáculos às espécies migratórias, em especial para os grandes bagres (surubim, jaú, dourada, etc), que precisam nadar contra a correnteza para ativação do processo hormonal que desencadeia a reprodução. O impacto pode ser reduzido, mas não suprimido, pela construção de mecanismos de transposição como escadas e canais. O desequilíbrio ictiofaunístico favorece a proliferação das espécies de ambientes lênticos (águas paradas) em prejuízo daquelas de ambientes lóticos (correnteza).
O impacto de áreas inundadas e perda de vegetação são menos importantes do que as queimadas e os desmatamentos causados pelas atividades ilegais que ainda persistem na Amazônia, mas a perda de áreas ribeirinhas afeta de modo mais crítico as comunidades tradicionais - que, via de regra, não possuem conhecimento técnico para adequar suas técnicas de plantio a áreas mais pobres em nutrientes e água.

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